O Consumo de proteínas microbianas pode reduzir CO2

Além disso, se apenas 20% da proteína animal for substituída pela proteína à base de microrganismos, haverá redução de 50% do desmatamento até 2050
Micróbios do corpo podem indicar se morreremos nos próximos 15 anos - Olhar Digital

Um estudo publicado em maio pela revista Nature diz que a substituição de 20% da carne de gado por uma proteína feita de microrganismos, até o ano de 2050, pode reduzir pela metade o desmatamento e as emissões de CO2.

A análise foi realizada na Alemanha pelo Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático.

A relação entre a redução do consumo de carne e o desmatamento ocorre porque a vegetação é cada vez mais desmatada para pastagens ou cultivo de ração que alimenta o gado.

Florian Humpenöder, principal autor do estudo, diz: “O sistema alimentar está na raiz de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo a produção de carne de ruminantes a maior fonte”

Por meio de uma simulação computacional, os pesquisadores detectaram os efeitos ambientais de todo o sistema alimentar e agrícola até 2050.

Fatores como crescimento populacional, a demanda por alimentos, os padrões alimentares, a dinâmica do uso da terra e a agricultura, foram considerados.O papel de gado e soja no ciclo de desmatamento – DW – 24/04/2020No entanto, os autores ressaltam que, provavelmente, o consumo de proteína animal aumentará nos anos futuros e que isso pode levar à extinção de mais e mais florestas e vegetações.

Se o planeta substituísse 20% da carne de ruminantes por proteína microbiana, a Terra passaria por menos apertos.

Humpenöder explica que as emissões de metano do rúmen, primeiro compartimento do estômago do gado, cairiam e a liberação de óxido nitroso da fertilização da ração ou do esterco cairia.

A proteína microbiana

Segundo o cientista, as pessoas não precisam pensar que vão comer apenas verduras no futuro, elas poderão continuar comendo alimentos proteicos, mas eles serão produzidos de outra maneira.

Assim como a cerveja e o pão, a proteína microbiana é feita em culturas específicas, onde micróbios vivem de açúcar e em uma temperatura constante.

O resultado é um produto muito rico em proteínas que pode ter gosto, sabor e ser tão nutritivo quanto a carne vermelha.

A coautora do estudo, Isabelle Weindl, explica que mesmo que o açúcar sirva de matéria-prima para a produção desse tipo de carne, isso requer muito menos terras agrícolas em comparação com o produto de origem animal.

Fonte: Um só Planeta

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