Plataforma recoloca produtos que seriam desperdiçados de volta ao mercado

Criada em 2017, a empresa XPrajá, surgiu com uma inquietação de seu atual CEO, Vinicius Abrahão, quando ouviu de um amigo dono de um aterro em São Paulo, que toneladas de salsichas seriam enterradas em sua propriedade, por estarem próximas da data de validade.

(Foto: Agência de Notícias Brasil-Árabe)

Criada em 2017, a empresa XPrajá, surgiu com uma inquietação de seu atual CEO, Vinicius Abrahão, quando ouviu de um amigo dono de um aterro em São Paulo, que toneladas de salsichas seriam enterradas em sua propriedade, por estarem próximas da data de validade.

Foi ali que o fundador da startup paulistana, ao lembrar de uma grande festa que teria no Nordeste, teve a ideia de conectar a indústria que descartaria as salsichas aos responsáveis por fornecerem alimentos para a festa.

A partir deste momento, a XPrajá surge como uma plataforma online que coloca indústrias que possuam produtos para vender e varejistas em contato com distribuidores que querem comprá-los, recolocando no mercado itens que seriam descartados.

Geralmente, os produtos vendidos na plataforma possuem as seguintes características: datas próximas de vencimento; produtos descontinuados e produtos remanufaturados.

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Linha de produção alimentícia (Foto: Thermaxx Jackets)

Os itens com datas críticas são aqueles com no mínimo 30 dias e no máximo de seis meses para vencer. Normalmente são chocolate, biscoito, bolo, panetone, xampu, condicionador e absorvente, entre outros.

Já produtos descontinuados são os que já saíram de linha e não serão mais fabricados, como detergente, xampu, condicionador, absorvente e bolachas.

Entre os remanufaturados, estão aqueles que possuem pequenos defeitos seja por problemas na embalagem ou por estarem com peso e tamanhos diferentes do padrão.

Por exemplo, congelados, bolos e panetones.

Vinicius Abrahão, fundador e Ceo da XPrajá (Fonte: Valor Econômico)

De acordo com a empresa, os produtos na plataforma podem chegar a terem até 80% de desconto dependendo da urgência em recolocá-los no mercado, sendo oferecidos ao consumidor final em supermercados e varejistas cadastrados, principalmente fora dos grandes centros urbanos.

Segundo Abrahão, a startup já evitou o descarte de 47 mil toneladas de produtos até hoje. Só em 2020, estima-se mais de 16 mil toneladas de itens recolocados em mercados.

Só no ano passado, a XPrajá movimentou 90 milhões de reais e a expectativa é que neste ano chegue a 150 milhões de reais.

Fonte: Ecoa UOL, XPrajá